Ao nos aproximarmos do desafio, seja qual for, o medo fica maior. Como se estivéssemos na arena com um monstro mortal. Podemos fugir. Podemos olhar direito.
Segurança no perigo
Tudo começa na mente. O monstro é alimentado pela ração diária de fantasias. Para alguns é medo de doença, para outros de fracasso. Seja lá o que for. Essa sensação é de abandono. Lembra muito um bebê chorando no berço sem ninguém por perto. A vida não parece ser assim?
Esse é o reflexo do passado no futuro. E onde encontrar paz? Dizem que está em nós. Mas não parece ser isso mais do que palavras de conforto. Não pode ser assim. Essa lição é a mesma para todos nós. Com monstros diferentes. Vamos ouvir as lições (duras) dos mestres Zen antigos sobre isso:
Cultura Zen – além do medo
Cultura Zen é um exercício diário. O tipo de trabalho que insiste em ser feito, mas que, ao mesmo tempo, cobra tempo de vida longo para se realizar. É como se você estivesse na arena tremendo diante do monstro. Mas tremendo apenas como uma árvore que sacode suas folhas ao vento. Com um tronco muito forte e cultivado para não sentir perigo algum.
Não se nasce com esse aspecto desenvolvido em nós? Por um lado sim. Ele está sempre ali. Porém o desenvolvimento da mente perceptiva e do ego, e sua consequente imaginação, criaram um mundo separado onde todos os eventuais desprazeres acumulados ficam sob a real visão da vida que sempre se renova.
Segurança não é contrário de medo. O contrário de medo é amor. Parece estranho demais pensar assim nesse momento tão assustador. Justamente porque amor é outro polo da situação. Na verdade uma profundidade. Enquanto o medo é superficial.
Quando eu filmei as aulas dos cursos on line de Cultura Zen estava ciente de que um dia essa jornada me colocaria bem no meio de uma arena cheia de monstros. A vida é um caminho natural para esse momento. Na verdade, não ha vida além desse sentido. O medo é sinal de que a vida está fluindo. E os desafios são ilusões da mente.
O medo é amor ao avesso.
